sexta-feira, julho 01, 2005

LAMA ANTIGA

Ao mestre José Antônio Gonsalves de Mello


Quando ele chegou, conta-nos o historiador,
O Recife era “um burgo triste e abandonado,
Que os nobres de Olinda deviam atravessar
Pisando em ponta de pé,
Receando os alagados e os mangues”.

Em 1654, foi-se o batavo.
A lama ficou.
Putrefando-nos.
Purificando-nos.




São Paulo, 22 de outubro de 1997

1 Comments:

At 11:03 PM, Anonymous Anônimo said...

Caro amigo,
adorei o "Rio das Capivaras" e tudo que está publicado nele. Deixo meu registro aqui por me fazer lembrar da poesia de vovó Cecé.
Beijos
Gabi

 

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